Fazenda Rio Grande notifica empresa por cheiro de aterro sanitário
No último dia 25, deslizamento causou morte de trabalhador no local
A empresa Estre Ambiental, responsável pelo aterro sanitário de Fazenda Rio Grande, recebeu uma notificação extrajudicial pelo mau cheiro do local. No último dia 25, um deslizamento causou a morte de um trabalhador. De acordo com a prefeitura do município da região metropolitana, o odor foi intensificado desde então.
Esta é a mesma percepção de uma moradora da região e ouvinte da BandNews FM, que pediu para não ser identificada. Ela relata que, em algumas noites, um caminhão passa e os trabalhadores jogam desinfetante nas ruas, para amenizar o cheiro.
Representantes da Prefeitura, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (SEDEST) e da Estre Ambiental realizaram uma reunião nesta quarta-feira (13), com o objetivo de criar um plano de ação emergencial. A princípio, a empresa vai combater o cheiro e, depois, avaliar os danos ambientais do deslizamento.
O mestre em gestão de Água e Efluentes e gestor do Grupo Ambiensys, William Padilha, explica como funciona a estrutura de um aterro. A proposta é que a poluição do solo seja mínima.
Por meio de nota, a Estre Ambiental afirma que executa um plano de contingência, sem prazo para conclusão. Por meio de drones de irrigação, a empresa espalha um líquido que mascara o odor. A aplicação sobre o lixo voltará a acontecer nesta sexta-feira (15), além dos dias 18 e 21 de julho, três vezes ao dia.
Na análise de Padilha, a condição de mau cheiro em um aterro é praticamente inevitável.
Questionado pela reportagem, o Instituto Água e Terra (IAT) afirma que acompanha a situação semanalmente e que a empresa cumpre as exigências feitas pelo órgão. O IAT diz que a Estre Ambiental instalou estruturas de contenção do chorume.
Reportagem: Larissa Biscaia.