Férias: orientações para garantir a segurança das crianças em casa
Número de acidentes cresce com a maior permanência das crianças em locais fechados
Intoxicações, quedas e queimaduras estão entre os principais acidentes domésticos registrados nas férias. Neste mês de julho, com as crianças mais tempo em casa, os riscos tendem a aumentar. Dados da ONG Criança Segura apontam ainda que 112 mil meninas e meninos, de 0 a 14 anos, foram hospitalizados em decorrência de acidentes em 2019 no Brasil. O estudo apontou ainda que 90% das ocorrências poderiam ter sido evitadas com medidas simples de prevenção.
Em Curitiba, no Hospital Pequeno Príncipe, apenas envolvendo acidentes com objetos engolidos, em 2020 foram 53 casos atendidos. Na ocasião, em meio ao auge da pandemia, crianças permaneciam 100% do tempo em casa. Até maio deste ano já são 11 ocorrências do tipo.
O pediatra Luiz Renato Valério alerta que é extremamente importante que pais e responsáveis façam um levantamento dos lugares mais propensos a acidentes domésticos e adaptem os locais.
O médico explica ainda que, em termos de números, as queimaduras por água fervente são bem maiores do que queimaduras elétricas. Já os casos de afogamentos não são exclusivos de períodos mais quentes do ano. O especialista adverte que em casos de intoxicação, nunca se deve forçar o vômito.
Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado. O tenente Alisson Rocha explica que dependendo do acidente existem duas centrais telefônicas a disposição.
Os principais acidentes domésticos durante as férias ocorrem envolvendo piscinas, panelas ao fogo e energia elétrica. Para evitar essas situações, a principal orientação dos bombeiros é jamais deixar a criança desacompanhada. No caso de fogões, os cabos das panelas devem estar voltados para dentro do equipamento, para evitar que a criança puxe o cabo e se queime ou derrame água quente. Em casos de queimaduras, é necessário manter o local sob água fria corrente e não passar nenhum produto químico no ferimento.
Em situações de afogamento, o responsável deve seguir orientações via telefone para realizar os procedimentos até a chegada do socorro. Já no caso dos acidentes elétricos, a criança deve evitar o uso de eletrônicos, como celular, enquanto o aparelho carrega.
Reportagem: Leonardo Gomes.