Fernanda Richa é denunciada em Operação Lava Jato

 Fernanda Richa é denunciada em Operação Lava Jato

(Foto: Rogério Machado/SECS)

(Foto: Rogério Machado/SECS)

A esposa do ex-governador Beto Richa, Fernanda Richa, foi incluída na denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro em um processo que investiga um esquema de propina em contratos de pedágio no estado. A denúncia já havia sido apresentada pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no dia 29 de janeiro, e o nome da ex-primeira dama foi acrescentado na última segunda-feira (11), de acordo com o MPF, depois da análise mais detalhada de novas provas, que comprovam a conivência de Fernanda no esquema de propinas.

Os procuradores afirmam que ela chamou para si a responsabilidade da venda dos lotes do empreendimento Alphaville, um terreno em um condomínio de alto padrão em Curitiba que custou R$ 930 mil. O ex-governador do Paraná, Beto Richa, o filho André Vieira Richa e o contador da família, Dirceu Pupo Ferreira, também foram denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, os investigados teriam ocultado a aquisição do terreno. Para os procuradores, a quantia paga no empreendimento era propina recebida por Richa, no período em que era governador, em um esquema de corrupção envolvendo as concessionárias de pedágio.

A aquisição imobiliária teria sido feita entre setembro e outubro de 2012 e estaria no nome da empresa Ocaporã Administradora de Bens, que pertencia no papel à ex-primeira dama, Fernanda Richa e aos filhos do ex-governador, mas que na realidade seria administrada por Pupo. Segundo depoimento de André Richa ao MPF, quem decidia sobre a compra e venda de imóveis era o pai, Beto Richa, mesmo ele não integrando formalmente o quadro da empresa Ocaporã.

De acordo com depoimentos prestados pelo gerente da empresa que negociou o terreno e pelo proprietário da incorporadora de imóveis, o negócio teria sido fechado com a permuta de dois lotes que pertenciam a família Richa mais os R$ 930 mil em espécie. Consta ainda na denúncia uma planilha com os detalhes da transação. Em uma das linhas há um item chamado “receita out”, que representaria valores pagos por fora, onde entrariam os R$ 930 mil.

O MPF afirma que o terreno teria custado na verdade R$ 1,950 milhão, mas na documentação estão apenas R$ 550 mil. Beto Richa, chegou a ser preso preventivamente no dia 25 de janeiro, quando foi deflagrada a 58ª fase da Lava Jato que apura irregularidades na concessão de rodovias no Paraná. Mas foi solto no dia 1º de fevereiro após um Habeas Corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça. Dirceu Pupo também foi preso preventivamente no mesmo dia que Richa, e segue detido desde então. O MPF apresentou outras denúncias sobre o caso.

Na primeira acusação contra agentes públicos, foram denunciados, Richa e o irmão dele, Pepe Richa, além de outras oito pessoas. Eles são acusados dos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. Na segunda denúncia, relacionada a empresários, estão sendo acusados os ex-presidentes das concessionárias Econorte, Viapar, Ecocataratas, Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia. Eles devem responder pelos crimes de corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em nota o advogado de defesa de Fernanda Richa, Eduardo Sanz, afirma que “é evidente a situação de excesso de acusação e profunda injustiça”. A defesa de Fernanda Richa diz ainda que confia no poder judiciário, pois ela não cometeu qualquer ilegalidade e refuta as acusações falsas criadas contra ela.

Reportagem: Juliana Goss/ Alexandra Fernandes

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