Fila por cirurgia bariátrica pode ter dobrado no PR
Nos últimos dois anos, total de procedimentos diminuiu mais de 90%
O número de cirurgias para a obesidade, realizadas pelo SUS, no Paraná, recuou mais de 93%, nos dois últimos anos. De mais de sete mil e 400 procedimentos, em 2019, o ano passado terminou com quatrocentas e 94 cirurgias, no estado. Em meio à pandemia, todas as regionais do Paraná, com hospitais habilitados pelo Sistema Único de Saúde, tiveram redução nos procedimentos realizados para atender pacientes com obesidade grave.
Curitiba alcançou mais de setecentas e 90 cirurgias, em 2019. No ano passado, o número ficou ao redor de trezentas e 90. Os números são do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica no Paraná, José Alfredo Sadowski, lembra que, em alguns casos, o procedimento cirúrgico é a última alternativa para o paciente obeso.
O Atlas da Obesidade diz que o Brasil deve alcançar o patamar de 50 milhões de pessoas com a doença, nos próximos dez anos. Isso vai representar um em cada três adultos. A comorbidade está associada a uma série de doenças.
Antes da pandemia, em todo o país, o custo da Saúde com tratamentos para a consequência do excesso de peso e obesidade chegava a um bilhão e meio de reais. A doença costuma ser resultado de uma série de fatores.
Em 2019, o número de cirurgias realizadas pelo SUS não atendia cinco por cento da demanda nacional, conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. Em março, um mutirão foi promovido para defender o tema. Em menos de uma semana, 50 pacientes foram operados no Paraná, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Todas as cirurgias foram feitas por vídeo.