Floresta de Araucárias em Ponta Grossa pode dar lugar a empreendimento imobiliário
Um Bosque de Ponta Grossa que conta com várias espécies de árvores e também com Floresta de Araucárias pode ser derrubado para dar espaço a um empreendimento imobiliário. A área pertence ao chamado Parque Honório, que tem cinco mil metros quadrados. A ideia da Construtora LCS é adquirir a área para construir um prédio de alto padrão de 50 andares.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa – IPLAN aprovou o projeto e o alvará para a construção do empreendimento e consequente derrubada da mata. O próximo passo deve ser a concessão, por parte da prefeitura de Ponta Grossa, de licenciamentos que autorizem o corte das árvores.
No ano de 2002, o Ministério Público tentou construir um edifício no local, mas um estudo na área, feito pela professora Rosemeri Moro, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, impediu que a área fosse desmatada. A professora disse que, na época, existiam muitas espécies raras na região.
Hoje, a professora Rosemeri acredita que é necessário um novo estudo para poder avaliar se a área pode ser desmatada. Para a profissional, já houve desmatamento e alteração nas espécies do local.
Em 2016, por pressão dos moradores, uma audiência pública foi feita em Ponta Grossa para discutir a construção do prédio com a sociedade. Na ocasião, os moradores reclamaram que o técnico chamado para apresentar o estudo sobre a área verde do Bosque Honório foi contratado pela construtora do empreendimento e não teve detalhes satisfatórios. Atualmente, existe um Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV tramitando no município para trazer mais detalhes sobre a derrubada das arvores. Agora, um novo biólogo foi contratado para fazer o terceiro laudo sobre a área, que deve ficar pronto nos próximos dias. Em contato com a reportagem da Band News FM Curitiba, a construtora LCS disse que não vai se pronunciar publicamente sobre o tema e que está tratando sobre a construção do empreendimento exclusivamente com a Prefeitura de Ponta Grossa e o Ministério Público.