Quase 1 milhão de paranaenses passam fome diariamente por falta de dinheiro. Além disso, mais de 3 milhões de pessoas (30%) apresentam nível de insegurança alimentar, ou seja, não têm garantida todas as refeições. E cerca de 1,73 milhões (15%) sentem a redução da quantidade de alimentos. Os números compõem estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN). Menos da metade dos lares (46,5%), vive dentro da chamada segurança alimentar, onde não falta comida e a qualidade dos produtos é uma realidade.

Em todo o Brasil, mais 30 milhões de pessoas passam fome. Na opinião da professora de Direitos Humanos e Políticas Públicas da PUC-PR, Jucimeri Isolda Silveira, os dados colocam o Brasil novamente no mapa da fome mundial.

Para ela, o enfraquecimento de políticas públicas é o principal motivo desse comportamento.

Apesar de crítica no Paraná, o cenário de insegurança alimentar fica pior em outras regiões. Em Alagoas, por exemplo, o estado tem quase 37% da população passando fome. A mesma situação foi verificada em 34% das pessoas no Piauí, 32% no Amapá, e 30% no Pará e Sergipe.

Apesar de proporcionalmente as regiões Norte e Nordeste concentrarem o maior número de pessoas que passam fome, Sudeste é que se destaca em números absolutos. Apenas São Paulo concentra 6,8 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave.

Reportagem: Leonardo Gomes.