Fraudes bilionárias de criptomoedas estão na mira da PF
A movimentação fraudulenta pode chegar a R$ 4 bilhões no Brasil
Nas casas do Sheik dos bitcoins foram apreendidas barras de ouro, carros e relógios de luxo. Até o início da tarde desta quinta-feira (06) também foram apreendidas com a quadrilha grandes somas em dinheiro: R$ 166.511,00 reais, U$ 6.454,00 dólares e 840 pesos mexicanos.
A justiça permitiu o bloqueio de aproximadamente R$ 900 milhões de reais, além do sequestro de bens. Foram cumpridos hoje 20 mandados de busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. A Operação Poyais (POI-ÉS) investiga um esquema de estelionato envolvendo criptomoedas.
A investigação começou no início do ano com a solicitação de cooperação feita pelo governo americano, por meio da Interpol. A organização criminosa atuava desde 2016 e tinha sede em Curitiba. No Brasil, o delegado da Polícia Federal, Filipe Hille Pace, diz que a organização se passava por uma operadora de trading com criptoativos.
Segundo a PF, milhares de pessoas foram enganadas pelo esquema que prometia remunerações mensais de até 20% do valor investido.
A maior parte do dinheiro adquirido aqui e também do exterior era desviado para aquisição de imóveis, jóias e outros itens de luxo. Outra parte era usada para manter o esquema em funcionamento.
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Além de estelionato, o grupo é investigado por lavagem transnacional de dinheiro, crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional e organização criminosa. 100 policiais e 20 servidores da Receita Federal estão envolvidos na operação.
Segundo a PF, a quadrilha fez milhares de vítimas, inclusive pessoas famosas caíram no golpe. O valor chega a R$4 bilhões em movimentações apenas no Brasil.
Reportagem: Lorena Pelanda, com informações de assessoria