Gaeco faz operação contra funcionários da prefeitura de Curitiba
Funcionários da prefeitura, suspeitos de cobrar propina para a liberação de alvarás e licenciamentos de empresários de Curitiba, são os alvos da operação ‘Al Barã’, do Gaeco.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado deve cumprir oito mandados de prisão temporária, sete de condução coercitiva, quando a pessoa é encaminhada para prestar depoimento e doze de busca e apreensão.
As investigações se iniciaram após a denúncia de empresários, que estariam sendo extorquidos. Segundo o coordenador do grupo, Leonir Batisti, o esquema funcionou no setor de Urbanismo durante a última gestão na prefeitura.
Logo cedo, o setor da secretaria de Urbanismo, que fica no edifício Delta, na Avenida João Gualberto, foi tomado por equipes do Gaeco. Houve, ainda, o cumprimento de mandados em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Além de funcionários da prefeitura, estariam envolvidas neste esquema pessoas de fora da administração municipal, mas que possuíam influência no setor, segundo as investigações.
Contra o ex-secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, foi cumprido um mandado de condução coercitiva. Leonir Batisti conversou com Ricardo Pereira.
O atual secretário de Urbanismo, Marcelo Ferraz, diz que, dentro da pasta, já circulava a informação de que irregularidades foram cometidas na liberação de alvarás.
Questionado sobre a possibilidade de o esquema continuar existindo na administração municipal, o Gaeco preferiu não responder. A prefeitura de Curitiba já foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou. O nome da ação, ‘Al Barã’, faz referência a uma das cidades mortas da Síria, tomada por uma vasta área de ruínas.