Genes ligados à pressão arterial e outros fatores genéticos indicam predisposição para covid-19, aponta estudo

 Genes ligados à pressão arterial e outros fatores genéticos indicam predisposição para covid-19, aponta estudo

Foto: divulgação/Unsplash

Uma pesquisa conduzida por cientistas paranaenses indica que características genéticas influenciam a forma como cada corpo reage à infecção pelo coronavírus. Desta forma, foi possível identificar novos grupos de risco, além da idade e das doenças associadas. Isso ajuda a explicar porque, em alguns casos, jovens sem comorbidades também desenvolvem a forma grave da covid-19. O estudo revisou 90 trabalhos científicos publicados em países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Suíça.

A doutora em genética Ilce Mara Cólus explica que o DNA humano passou por incalculáveis mutações genéticas com o passar dos anos. A especialista do Departamento de Biologia Geral da UEL (Universidade Estadual de Londrina) destaca que entender essas variações é fundamental para avaliar como o corpo humano reage à covid-19:

Com o passar do meses da pandemia do coronavírus, aspectos como faixa etária e doenças associadas foram insuficientes para explicar as reações da doença no organismo humano. A partir do avanço das pesquisas, a análise das mutações do DNA humano e a forma como ele interage com a patologia ajudaram a definir os grupos de risco.

A doutora em genética toxicológica Juliana Mara Serpeloni, que também atua no Departamento de Biologia Geral da UEL, aponta que entender essas variações genéticas pode auxiliar no monitoramento e controle da doença:

A revisão dos estudos conduzidos em vários países do mundo mostra que variações dos genes responsáveis pela regulação da pressão arterial do corpo humano e pela entrada e disseminação viral impactam na predisposição à infecção e gravidade da doença causada pelo coronavírus.

Além disso, hábitos como tabagismo e consumo de álcool também foram encontrados nos pacientes que tendem a desenvolver casos mais graves da covid-19. Por fim, a revisão das publicações também indica que pessoas com tipo sanguíneo “A” tem mais chances de se infectar na comparação com as pessoas do tipo “O”.

Além de cientistas da UEL, o estudo também contou com pesquisadores Universidades Estaduais de Maringá, de Ponta Grossa, Unioeste, UFPR, USP, do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e do Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava.

Reportagem: Angelo Sfair

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