Giro nas Ruas desta segunda é na Rua Barão do Serro Azul

Foto: Pedro Ribas/SMCS

Ildefonso Pereira Correia, mais conhecido como Barão do Serro Azul, nasceu em Paranaguá no dia 6 de agosto de 1849 e morreu em Morretes, também no litoral, aos 44 anos de idade. Considerado o maior exportador de erva-mate do Paraná e o maior produtor da erva no mundo, Ildefonso teve papel fundamental na criação da Associação Comercial do Paraná e é lembrando como o primeiro presidente da instituição.

Quando se mudou para Curitiba, após se consolidar no ramo comercial, Ildefonso entrou na política curitibana. Ele foi eleito deputado provincial e assumiu de forma interina o governo da Província do Paraná. O paranaense também foi presidente da Câmara Municipal de Curitiba e exerceu a ideologia abolicionista enquanto esteve no cargo. Por conta disso, em 1888, ele recebeu da Princesa Isabel o título de Barão do Serro Azul.

Na capital paranaense, Ildefonso é homenageado com o Solar do Barão, com uma estátua na Praça Miguel Couto e também com a Rua Barão do Serro Azul, que fica no Centro de Curitiba. A rua começa na Praça Tiradentes e vai até a Rua Inácio Lustosa, quando vira Avenida Cândido de Abreu. A rua ainda abriga a Catedral Basílica Menor de Curitiba e recebe, durante o feriado de Corpus Christi, os tradicionais tapetes que representam cenas biblícas.

Os tapetes de Corpus Christi são uma tradição católica que tem origem na Europa, no século nono. Aqui no Brasil, a tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. Os tapetes são confeccionados durante o dia de Corpus Christi, que celebra o Corpo de Cristo e o seu Sacramento da Eucaristia, o sacrifício feito por Jesus de se oferecer a Deus, como explica Gabriel Sorgati, Arquivista da Catedral de Curitiba.

0Os fiéis da Igreja Católica confeccionam com serragem e pedras coloridas, borra de café, flores, areia, sal, tecidos, e vários outros elementos, representações de cenas bíblicas, objetos devocionais ou temas ornamentais nas ruas em que a procissão passará. Gabriel simplifica que esta celebração é uma forma de união e trabalho para a comunidade.

Para a confecção dos tapetes, religiosos se reúnem na noite anterior ao dia de Corpus Christi, tornando a prática um espaço de sociabilização entre os fiéis.

A Catedral Basílica Menor de Curitiba é a responsável pela confecção dos tapetes na Rua Barão do Serro Azul.

Acompanhe na reportagem da estudante de jornalismo Maria Claudia Batista, da Universidade Positivo.

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