Giro nas Ruas desta segunda é na Rua Noel Rosa

No Giro nas Ruas de hoje vamos visitar a Rua Noel Rosa. A via se destaca pela decoração e tradição natalina que desde 1970, passa por várias gerações e famílias.

HISTÓRICO

A rua Noel Rosa foi nomeada em 1965 pelo prefeito Ivo Arzua Pereira. Até então, o trecho fazia parte da Rua Jacarezinho, que se estende para o bairro Mercês. O nome foi em homenagem ao compositor, cantor e violonista Noel Medeiros Rosa, nascido no Rio de Janeiro no dia 11 de dezembro de 1910. Com várias canções reconhecidas por todo o país — como as músicas Com Que Roupa, Conversa de Botequim e Fita Amarela —, Noel Rosa ganhou fama e aproveitou a vida boêmia até os 26 anos, quando faleceu no Rio de Janeiro, em consequência de uma tuberculose.

Com mais de 60 anos de existência, atualmente a rua se inicia na esquina das ruas Cândido Hartmann e Jacarezinho e prossegue até a esquina com a rua Humberto Bevervanso. A cerca de 340m em linha reta deste ponto, há outro trecho descontínuo da Noel Rosa. O outro trecho não tem saída e possui acesso apenas pela Rua Coronel Joaquim Ignácio Taborda Ribas, próximo ao Parque Barigui, ainda no Bigorrilho. Na época em que foi fundada, existiam poucas casas na Noel Rosa, vendidas por lote. Um córrego passava pela via, que demorou anos para receber tratamento adequado.

O sistema de água encanada chegou tempos depois, pago pelos próprios moradores já que as tubulações só chegavam até a Cândido Hartmann. Ao fim da Noel Rosa, apenas um corredor de barro dava acesso às outras ruas.

Acompanhe na Reportagem da estudante de Jornalismo Rhanna Sarot, da Universidade Positivo.

REPORTAGEM

Pouco conhecida e de pequena extensão, a rua Noel Rosa é fonte de histórias e tradições de Natal. Uma delas começou em meados de 1970, na casa de Tereza Ceronato Pugsley e Milton Pugsley, através de um pedido curioso. Uma moça que namorava o filho do casal na época teve a ideia de fantasiar Milton como Papai Noel, embora não houvesse crianças na família.

Segundo Tereza, a sugestão logo se tornou um projeto que, aos poucos, foi tomando proporções cada vez maiores.

A ideia se transformou em um evento. A casa passou a ser cada vez mais iluminada e decorada, assim como o carro da família que recebia um sino, tocado nos momentos de desfile. 

A expansão da ação também chegou aos vizinhos, que queriam a presença do bom velhinho. Dhafne Viana Sarot, de 27 anos, foi uma das crianças da rua que foram marcadas pela festa. Segundo ela, o sino do carro do Papai Noel marcou as lembranças da época.

Ao longo dos anos, a tradição na casa da família Pugsley foi se perdendo. Mas outros vizinhos começaram a entrar no espírito natalino. Inspirada pelo “Papai Noel Rosa”, Marisa Viana Sarot, mãe de Dhafne, partiu do tradicional pinheirinho para decorações mais chamativas na fachada da casa.

A iluminação chama a atenção de quem passa durante a noite pela rua. Além da família Sarot, outras quatro casas estão com decorações natalinas. 

O quadro Giro nas Ruas é feito em parceria com estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Você ouviu na reportagem de Rhanna Sarot

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