GM envolvido na morte de Mateus Noga é indiciado
Inquérito policial aponta para homicídio doloso, quando há a intenção de matar
O guarda municipal envolvido na morte de um jovem no Largo da Ordem pode ser denunciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. É isso que aponta o relatório final do inquérito policial, concluído nesta terça-feira (26). O caso aconteceu em setembro de 2021, quando Mateus Silva Noga, de 22 anos, foi morto atingido nas costas por um tiro de escopeta calibre doze.
A advogada que representa a família de Mateus, Eliana Faustino, pede a qualificação do crime, além do homicídio.
De acordo com o relatório final da delegada Daniela Corrêa Antunes Andrade, o agente Alexandre Toso agiu conscientemente e assumiu o risco. Ele foi indiciado também por lesão corporal grave, contra Mateus, e leve, contra Rozana Geremias Andrade, que também foi atingida, mas sobreviveu.
O advogado de defesa do suspeito, Samuel Ebel (ebéu) Braga, afirma que respeita o inquérito, mas discorda.
O guarda foi exonerado da corporação quase sete meses após o caso. Ele foi submetido a um processo administrativo que concluiu que Toso infringiu a conduta do cargo. O servidor estava afastado da função desde setembro. Cabe agora ao Ministério Público oferecer ou não a denúncia para dar prosseguimento à investigação.
Reportagem: Larissa Biscaia.