A empresa Sentinel Bank, usada pela estudante de medicina da USP Alicia Veiga para tentar investir o valor desviado do fundo de formatura da turma, já era investigada pela Polícia Federal no Paraná desde 2021. A empresa, que mantinha filiais em Douradina e Guaíra, foi alvo de busca e apreensão em julho no último ano.

Segundo as investigações, foram pelo menos 200 milhões em golpes de falso investimento aplicados pela Sentinel, as vítimas seriam dos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, o grupo Sentinel Bank usava mais de 20 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para depósito do dinheiro destinado aos investimentos, que eram transferidos na sequência para integrantes da empresa. O esquema também mantinha contratos de investimento coletivo sem registro na CVM e sem garantias.

A empresa prometia ganhos acima do praticado pelo mercado e, como o valor não era realmente investido, passava depois de um tempo a não retornar os lucros prometidos. Segundo a PF, os líderes do grupo mantinham carros e objeto incompatíveis com a renda declarada. 

A estudante, que era presidente da comissão de formatura, é investigada pela Polícia Civil, suspeita de um desvio do valor de R$ 927 mil.

Alicia também é investigada por estelionato e lavagem de dinheiro em um caso envolvendo apostas em uma casa lotérica na Zona Sul de São Paulo com prejuízo de cerca de R$ 193 mil aos proprietários. Ela teria tentado fazer apostas no valor de R$ 891,5 mil e enganar os funcionários com um PIX no valor de R$ 891,53, mas o subterfúgio foi percebido e ela saiu da casa lotérica sem pagar três apostas já feitas que somam o total reclamado pelos proprietários.

Informações Amanda Yargas