Golpes financeiros contra idosos crescem em todo o País
Segundo a Febraban, 70% dos casos são tentativas de obter códigos e senhas
Nos últimos quatro anos, os golpes financeiros contra idosos cresceram 60%, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Do total de fraudes, 70% são tentativas de obter códigos e senhas. Entre os golpes mais comuns, estão ligações para a casa dos clientes de banco pedindo confirmação de senhas e a notícia de um bilhete premiado.
No Paraná, uma idosa moradora de Toledo, no oeste, perdeu cerca de R$ 4 mil em um golpe. Ela acreditava namorar o empresário e diretor-executivo da Tesla e X, Elon Musk. Na época, a polícia afirmou que ocorrências de golpes envolvendo namoro à distância também se tornaram comuns nos últimos anos.
No Brasil, os golpes pela internet são considerados um tipo de violência patrimonial contra o idoso. Segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, quase 80% das ocorrências são denunciadas por terceiros, já que as vítimas se sentem constrangidas. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reforça que o boletim de ocorrência é fundamental para combater esse tipo de crime. É o que o secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, explica.
Entre janeiro e setembro, o Governo Federal registrou mais de 72 mil casos de violação patrimonial pelo Disque 100. Desse total, quase metade foram de golpes em pessoas idosas. O especialista em segurança da informação, Luis Gonzaga de Paulo, explica formas de evitar essas fraudes.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania disponibiliza uma cartilha com detalhes sobre como identificar a violência patrimonial e financeira de idosos. As denúncias destes crimes podem ser feitas em delegacias especializadas em cibercrimes ou pelo telefone 190.
Acesse a cartilha de apoio à Pessoa Idosa clicando aqui.
Reportagem: Mirian Villa