Governo deve escolher entre pagar reajuste ou progressões a servidores

Servidores públicos do Paraná podem ter que escolher entre reajuste atrasado ou pagamento de promoções e progressões de carreira. O governo do estado alega que não pode pagar as duas coisas. Uma proposta de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias será apresentada na semana que vem na Assembleia Legislativa.

Os servidores públicos, por meio de sindicatos, argumentam que o governo não cumpriu com acordo que colocou fim na maior greve da história dos professores estaduais, além de outras categorias, no ano passado.

Em estado de greve desde o último sábado (25) devido ao atraso no pagamento de promoções e progressões na carreira, os servidores estaduais da Educação podem iniciar mais uma batalha com o governo nos próximos dias.

O governo definiu que pagar esses atrasados vai fazer com que o estado fique sem caixa para garantir a reposição inflacionária nos salários ao final do ano. Segundo o Executivo estadual, será preciso optar por apenas um dos dois.

O secretário de Estado da Casa Civil, Valdir Rossoni, do PSDB, confirma a hipótese de pagar somente as promoções e progressões de carreira dos servidores públicos do estado, e não pagar o reajuste em 2017.

O pagamento de R$ 346 milhões em promoções e progressões de 17 carreiras do Estado está atrasado. Até o final do ano, esse valor chegaria a R$ 700 milhões.

Além disso, o acordo fechado no ano passado, que pôs fim à greve dos servidores, prevê que o governo teria que pagar, em janeiro de 2017, a reposição salarial do funcionalismo relativa à inflação de janeiro a dezembro de 2016, estimada em 7%.

Os servidores afirmam que o governo não cumpriu a promessa que fez no ano passado. Rossoni afirma que não tinha como prever a crise na economia neste ano.

A crise econômica teria levado à diminuição da receita do estado, por isso não seria possível pagar as progressões, promoções e também os reajustes. A medida seria para postergar o reajuste do ano que vem. No primeiro semestre deste ano, no entanto, a receita aumentou.

Deputados estaduais da base e da oposição discutiram o assunto ontem (quarta) na Assembleia Legislativa.

O deputado Tadeu Veneri, do PT, criticou a iniciativa do governo. Para ele, o polêmico ajuste fiscal do ano passado, que incluiu aumento de impostos e cortes em investimentos, não teve o resultado esperado.

A LDO deve ser votada antes do recesso da Assembleia Legislativa, que começa no dia 15 de julho. Até lá, a oposição prevê uma reação dos servidores.

Veneri admite que o país e o estado passam por uma crise econômica. Apesar disso, ele diz que o governo precisa economizar recursos para garantir as obras prometidas.

Em assembleia realizada no último sábado (25) na sede da APP Sindicato, em Curitiba, os professores da rede estadual declararam estado de greve.

A entidade prepara uma série de atos e mobilizações para marcar a pauta de reivindicações. Se o governo protocolar o projeto na semana que vem, como sinalizou o secretário, a categoria deve antecipar as mobilizações para a próxima semana.

A APP-Sindicato, maior entidade representativa de servidores do Estado, argumenta que são direitos consolidados e que já apresentou estudos provando a possibilidade de pagamento do reajuste e progressões e promoções.

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