Grande Curitiba também registra aumento de casos de hepatite A
Capital paranaense contabiliza 512 casos, cinco óbitos e dois transplantes em decorrência da doença
Algumas cidades da região metropolitana de Curitiba também apresentam tendência de aumento de casos de hepatite A. Neste ano, a capital paranaense vive um ‘surto’ da doença altamente infecciosa. Na última semana, sete casos foram divulgados.
De janeiro a 27 de setembro, Curitiba contabiliza 512 casos, cinco óbitos e dois transplantes. Esse cenário de crescimento nas notificações da hepatite também é observado, com menos força, em cidades vizinhas – que antes não tinham casos ou tinham poucos. Em São José dos Pinhais, até o dia 23 de setembro, foram contabilizados 16 casos de hepatite, contra uma notificação em todo o ano passado.
O mesmo é notado em Almirante Tamandaré: em 2023 não houve registros da doença e neste ano foram sete casos. As cidades de Colombo, Pinhais, Campina Grande do Sul e Campo Largo seguem a mesma tendência. A Sesa (Secretaria da Saúde) alerta para possíveis divergências no número de casos, que não foram registrados pelos municípios no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas são infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Em Curitiba, o tipo A é o causador do surto. A transmissão dessa categoria da doença é fecal-oral (contato de fezes com a boca) e tem relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, além de contatos sexuais.
A consultora técnica de Saúde da Família e Comunidade do Ministério da Saúde, Aline Almeida, explica a importância de olhar para a hepatite A sobre o ponto de vista de uma doença transmitida sexualmente.
Quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos e dor abdominal. Os sinais da doença costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.
Reportagem: Mirian Villa