O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Pequeno Príncipe chegou a marca de 500 procedimentos. A técnica tem o objetivo de substituir a medula doente do paciente por uma saudável, sendo indicada como parte do tratamento de leucemias, linfomas e tumores sólidos.

Algumas doenças raras e não malignas também podem ser curadas por meio do TMO. A medula óssea tem a função de produzir três células sanguíneas, que agem no sistema de defesa, no transporte de oxigênio para o organismo e na coagulação do sangue.

A médica responsável pelo serviço do Hospital Pequeno Príncipe, Cilmara Kuwahara, explica que, para alguns pacientes, o transplante de medula óssea é a única perspectiva de cura.

Um dos beneficiados pelo procedimento realizado no Pequeno Príncipe é Everthon Santana dos Santos, de sete anos. Ele foi diagnosticado com anemia falciforme com 27 dias de vida e, no início deste ano, os exames de rotina revelaram o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Como a cidade de origem não tem um centro especializado para realizar o transplante, Everthon, que mora em Ubaíra (BA), foi encaminhado para a capital paranaense. A mãe do menino, Rozangela Borges dos Santos, detalha que o TMO é o único procedimento curativo para a doença falciforme no Brasil.

O transplante de Everthon é o de número 500 do Hospital Pequeno Príncipe, um importante marco para o serviço, que transforma a vida de crianças e adolescentes de todo o país há mais de uma década.

No hospital paranaense, cerca de 30% dos procedimentos são realizados em bebês, crianças e adolescentes com doenças raras. Anualmente, 60 transplantes são realizados no HPP, que é responsável por 12% de todos os TMOs pediátricos feitos no Brasil.

Reportagem: Mirian Villa