IAT avalia se acidente na BR-376 prejudicou a água de rios da região
Após o tombamento do caminhão carregado com ácido sulfúrico em Guaratuba, no litoral, o Instituto Água e Terra (IAT) investiga a extensão do acidente ambiental que atingiu o Rio da Santa e o Rio São João, nesta quarta-feira (16).
O acidente que matou uma pessoa, aconteceu na altura do quilômetro 667 da BR-376, no início da manhã e despejou produto químico em um córrego que desemboca em dois rios. O caminhão que tombou na rodovia estava carregado com 32 mil litros de rejeito industrial ácido corrosivo. A equipe do Escritório Regional do IAT no Litoral coletou material nos rios afetados para análise. O Rio São João é uma opção de lazer e pesca para veranistas. O local já passou cerca de um ano interditado por conta de um acidente que ocorreu no ano passado, em que a carga tóxica de um caminhão também atingiu o rio.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo tombou hoje (quarta-feira, 16) de manhã, próximo à área de escape da rodovia. Vídeos registrados por pessoas que trafegavam pela rodovia no momento do acidente mostram que o motorista do caminhão já perdia o controle do veículo alguns metros antes de tombar. Em um dos registros, o motorista do caminhão acidentado passa direto pela área de escape.
Parte da carga derramou sob as pistas e todo o restante caiu na ribanceira às margens da rodovia. O policial rodoviário Maciel Junior conta que o impacto do derramamento da carga na área de vegetação ainda é contabilizado.
Por conta do acidente, a rodovia ainda tem o fluxo prejudicado no sentido Santa Catarina. No ponto onde houve o tombamento, foi necessário a interdição das pistas, que foram liberadas no início da tarde. Segundo a concessionária que administra o trecho (Arteris Litoral Sul), entre os quilômetros 655 e 656 em Tijucas do Sul, ainda são registradas filas. Uma nova interdição dos dois locais atingidos pelo acidente desta quarta-feira (16) será definida após o resultado da análise da qualidade da água e a emissão de laudo técnico. Com apoio da prefeitura de Garuva (SC), a população é alertada com placas de Alerta/Risco nas áreas afetadas, não sendo indicado o contato com a água. O aviso perdura enquanto se aguarda a análise das amostras de água.
O IAT emitirá um Relatório de Inspeção Ambiental para a empresa responsável pela carga, solicitando a apresentação de Plano de Monitoramento do solo afetado e das águas superficiais.
Reportagem: Leonardo Gomes