Imóveis impactados pelo terremoto recebem visita técnica de estudantes da UFPR
Vários imóveis que foram atingidos pelo terremoto na Região Metropolitana de Curitiba receberam uma vistoria técnica de profissionais e estudantes da Universidade Federal do Paraná. Alguns imóveis apresentaram rachaduras, que podem ter sido causadas pelos tremores de terra que aconteceram da madrugada de ontem (segunda, 18). O professor da UFPR que coordenou a vista, Renato Lima, comentou que os moradores se assustaram com os abalos e foi possível observar consequências do fenômeno em algumas construções.
O objetivo da equipe da UFPR foi estudar o local onde aconteceu o epicentro do tremor, justamente em Rio Branco do Sul, na RMC. De acordo com o professor, o epicentro deste terremoto, que é o ponto da superfície da terra onde está o foco do tremor, aconteceu na região rural do município. Por isso, as consequências mais notáveis dos abalos não foram sentidas pela maioria das pessoas.
O diretor do departamento de Geologia da UFPR, Eduardo Salamuni, comenta que os terremotos não foram fortes o suficiente para que consequências mais sérias, como desabamentos, acontecessem na área urbana. O terremoto de ontem (segunda) apontou 3,5 graus na escala Richter e apenas tremores acima dos 5 graus podem trazer estragos, conforme o profissional. Mesmo assim, Eduardo ressalva que casas mais frágeis, já suscetíveis a estragos por outras intempéries do tempo, podem ser afetadas pelo tremor.
Agora, os técnicos pretendem analisar a topografia de Rio Branco do Sul, para tentar determinar as causas do fenômeno. Apesar do acontecido, a informação dos profissionais da UFPR é que o tremor foi acima da média e que dificilmente algo mais grave ocorra no futuro, sem a necessidade de mudança nas construções da cidade ou qualquer outro tipo de prevenção por parte dos moradores da região.