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Mirian Gasparin

Mais de 6 milhões de negócios estão inadimplentes

 Inadimplência das empresas cresce e ameaça a saúde financeira

Imagem ilustrativa

A inadimplência é uma das principais vilãs que ameaçam a saúde financeira dos negócios. Quando os clientes atrasam os seus pagamentos ou deixam de pagar, o caixa sofre o impacto e a empresa terá que recorrer ao crédito para pagar suas contas.

E se o índice de clientes inadimplentes sair do controle, o resultado pode ser o endividamentoe a dificuldade em seguir com os planos de investimento e expansão.

Por isso, é fundamental que os empresários tomem medidas para prevenir e combater a inadimplência no seu negócio antes que os prejuízos fiquem ainda mais graves.

Só para se ter uma ideia, mais de 6 milhões de empresas em todo o Brasil estão inadimplentes com contas, fornecedores ou até mesmo com a folha de pagamentos dos colaboradores atrasada. Para tentar controlar a situação, muitas empresas tiveram que recorrer a empréstimos com instituições financeiras e agora estão enfrentando sérias dificuldades para pagar as parcelas. A principal causa é o aumento de quase 400% no custo das dívidas, acompanhando a alta da taxa Selic, que serve para nortear os demais juros do mercado.

Eu conversei com alguns consultores de empresas e pedi a eles que me apontassem algumas opções para as empresas que estão enfrentando problemas financeiros. A primeira dica é encontrar uma instituição financeira que ofereça condições mais vantajosas, como taxas de juros menores. Nesse caso, a empresa pode pedir a portabilidade da sua dívida. Uma das vantagens desse processo é que não existe o pagamento de impostos, desde que o novo empréstimo não supere o valor da dívida no banco de origem.

Outras opções são tornar o processo de cobrança mais efetivo buscando reduzir o prazo de recebimento dos clientes e evitando gastar dinheiro com antecipações desnecessárias. Também é fundamental revisar o processo de compras da empresa para reduzir os custos unitários e aumentar os prazos de pagamento para alívio do capital de giro. E, se for necessário, os estoques também devem ser reduzidos.

Confira a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

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