Militantes relatam novo ataque a tiro em acampamento pró-Lula
Integrantes do acampamento em apoio ao ex-presidente Lula teriam sofrido mais um ataque a tiro hoje (26), no bairro Santa Cândida, em Curitiba. A Polícia Militar foi acionada e os militantes fizeram um protocolo de atendimento. Durante a manhã, um homem, que estava em um Gol cinza, teria tentado atropelar três integrantes do movimento que voltavam de um ato na Polícia Federal. Um dos três teria reagido e chutado o carro do agressor.
Segundo o grupo, ele fez ameaças e prometeu voltar. Cerca de dez minutos depois, por volta das 11 horas, o homem apareceu armado e teria disparado contra o acampamento, que fica a um quilômetro da Polícia Federal, onde Lula está preso.
O acampamento fica na Rua Padre João Sulinski, número 278, e abriga integrantes do movimento que apoia Lula. Eles se revezam na vigília em torno da PF. Edna Dantas, coordenadora do Acampamento Marisa Letícia, disse que antes de aparecer armado o homem tentou atropelar o grupo diversas vezes.
Depois do conflito, o homem teria ido até o acampamento atrás do rapaz que chutou o carro dele. Depois de fazer diversas ameaças, segundo a coordenadora do grupo, o homem disparou um tiro.
O grupo do acampamento entregou à polícia imagens do homem e o registro da placa do carro. A PM confirmou que recebeu relato de testemunhas de que um tiro foi disparado para cima. De acordo com a assessoria, a PM foi até o local, informada pelo 190. Os policiais ouviram relato de tiro no local, mas não há indícios visíveis. Foi confeccionado um protocolo de atendimento e entregue aos cidadãos que fizeram o relato. As supostas vítimas devem realizar um Boletim de Ocorrência no 4º Distrito Policial.
Ataques a tiros
No dia 28 de abril, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, de 39 anos, levou um tiro no pescoço, em um ataque à vigília de apoio ao ex-presidente Lula. Imagens mostram o momento exato em que o rapaz dispara várias vezes contra os manifestantes. Até agora, ninguém foi preso. Também no Paraná, antes de Lula ser preso, no dia 27 de março, a caravana que levou o ex-presidente para diversas cidades também sofreu um ataque a tiros.
O ataque em que quatro tiros atingiram dois ônibus da caravana aconteceu entre as cidades de Quedas do Iguaçu, no Oeste, e Laranjeiras do Sul, na Região Central do Paraná. Até agora, a polícia civil já ouviu diversas testemunha, entre passageiros do ônibus, policiais, moradores e integrantes da caravana, e já identificou de onde partiram os disparos. Porém, o inquérito ainda não foi concluído e o suspeito dos disparos também não foi identificado.