Investigação da morte de petista será concluída na próxima semana
Secretaria de Segurança estima terminar o inquérito na terça (19); 8 pessoas já foram ouvidas
O inquérito que investiga a morte do guarda municipal e líder sindical Marcelo Arruda deve ser concluído na próxima semana. Esta é a projeção da Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Civil do Paraná. Até o momento, já foram ouvidas oito pessoas, dentre testemunhas que estavam no local dos tiros e familiares do atirador. Conforme a secretaria, a Polícia Científica trabalha para concluir os laudos necessários com celeridade.
As investigações seguem com o objetivo de esclarecer por qual razão o policial penal Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário, sem ter sido convidado, e abriu fogo contra o aniversariante. Uma das linhas de investigação aponta que o atirador seria integrante da diretoria da associação onde o aniversariante fazia a festa. Segundo a polícia, toda semana um membro faz uma espécie de ronda no local para saber se está tudo em ordem.
Enquanto isso, o policial penal federal Jorge Guaranho segue internado em estado grave, em Foz do Iguaçu. Ontem (segunda-feira, 11) ele foi transferido sob escolta do Hospital Municipal de Foz para o Hospital Ministro Costa Cavalcante, unidade filantrópica que tem 60% dos atendimentos pelo SUS. O motivo da mudança não foi informado e o novo hospital disse não estar autorizado a passar atualizações do estado de saúde do policial. Apesar da gravidade dos ferimentos após as trocas de tiros com o tesoureiro do PT, o quadro do bolsonarista, atualizado pela Prefeitura de Foz durante a transferência, era considerado estável.
Com a prisão preventiva decretada, a defesa de Guaranho tenta na Justiça que ele tenha convertida a detenção em domiciliar. Na justificativa, a advogada Andreza Dolatto Inacio argumentou que o estado de saúde de Guaranho é delicado e exige atenção especial. A solicitação ainda não foi julgada. Em contato com a reportagem, a advogada informou que foi designada apenas para o início do processo e não irá acompanhar o acusado. Ela não soube informar quem será responsável pela defesa do policial penal.
A vítima do que a Secretaria de Segurança Pública classificou como “crime de intolerância” foi sepultada ontem (segunda, 11). Marcelo Arruda tinha 50 anos e era servidor municipal há mais de 20 anos.
Reportagem: Leonardo Gomes.