Investigado pela Lava Jato na construção da Torre Pituba se entrega na Polícia Federal
O empresário Alexandre Andrade Suarez se apresentou nesta sexta-feira (29), aqui em Curitiba, depois que teve a prisão decretada na Lava Jato. Ele foi alvo da fase 56 da Operação, em novembro, e, logo no mês seguinte, foi beneficiado por um habeas corpus, no Superior Tribunal de Justiça.
Na última quarta-feira (27), a liminar foi derrubada pelo Ministro relator e o juiz Luiz Antonio Bonat decretou a prisão preventiva do empresário, sem prazo para expirar. Segundo a Polícia Federal, ele se apresentou espontaneamente e segue a disposição da Justiça, sob custódia da PF. A fase 56 da Lava Jato investiga um esquema criminoso para a construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador, na Bahia.
Segundo o Ministério Público Federal, o empresário Alexandre Andrade Suarez era um dos responsáveis por fazer os pagamentos aos beneficiários do esquema. Normalmente, os encontros eram feitos em hotéis e o dinheiro era levado em malas. A Lava Jato apontou que as contratações e pagamentos de vantagens indevidas ocorreram entre 2009 e 2016.
Nesta etapa, é investigado o pagamento de propina por parte da OAS e da Odebrecht ao PT, a agentes públicos da Petrobras e gestores do Fundo Petros para a obtenção de contratos superfaturados das obras da Torre Pituba.
Segundo as apurações, pelo menos R$ 68 milhões teriam sido movimentados em propinas neste esquema. O valor das obras da Torre Pituba teria saltado de R$ 320 milhões para R$ 1 bilhão e 300 milhões de reais.
Reportagem: Cleverson Bravo