Jonatan confirma que participou de protestos na Venezuela, mas que nunca pegou em uma arma
O brasileiro Jonatan Moisés Diniz que estava preso na Venezuela agora está em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde mora. O governo venezuelano liberou da prisão e expulsou o catarinense do país no último sábado (6). A família e o Itamaraty confirmaram que Jonatan não sofreu ferimentos e nem foi maltratado. Ele ficou preso do dia 26 de dezembro ao dia 6 de janeiro. O Itamaraty deve se pronunciar nesta segunda-feira (8) sobre as medidas que podem ser tomadas para investigar se houve prisão arbitrária.
A prisão, feita pelas pela polícia do Estado de Vargas, foi anunciada na TV venezuelana pelo governador Diosdado Cabello. O jovem de 31 anos foi acusado de manter atividades contra o regime de Nicolás Maduro. O catarinense, junto com mais 3 venezuelanos, fazia parte de uma organização não governamental.
Para o governo, a entidade seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”, que distribuía alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional para promover ações contra o governo.
Em um texto postado no Facebook no domingo, Jonatan confirmou que participou de protestos contra o governo na Venezuela, mas sempre como observador e que jamais tocou em uma arma. Ele disse que odiou o governo Nicolas Maduro, mas por causa da situação do país. Jonatan disse que o trabalho dele e da Ong nada mais era que doar roupas, comidas, brinquedos e o que mais necessitasse quem realmente precisasse.
Ele disse que doou a maior parte do dinheiro que tinha e que não se envolve em política. No texto, o rapaz fez críticas à direita e à esquerda. Jonatan não falou sobre a prisão na Venezuela. No fim do texto, ele disse que está bem e em segurança e que se reserva ao direito de manter sigilo sobre onde está e para onde vai.