Jorge Guaranho vai a júri popular pela morte de petista
Réu matou Marcelo Arruda a tiros no dia em que a vítima comemorava o aniversário
O ex-agente penal Jorge Guaranho, acusado pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, vai ser julgado em um júri popular. A decisão publicada nesta quinta-feira (1°) é do juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
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O crime aconteceu no dia 9 de julho, durante a festa de aniversário da vítima. Arruda celebrava os 50 anos em um evento com decoração alusiva ao Partido dos Trabalhadores e ao ex-presidente Lula.
Guaranho invadiu a festa, fez provocações políticas e abriu fogo contra Arruda. A vítima era Guarda Municipal e reagiu. O assassino, que se declarava bolsonarista, também foi baleado e agredido com chutes quando estava caído no chão. O ex-agente penal passou quase um mês internado e está preso no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, desde o dia 13 de agosto – três dias após deixar o hospital.
Jorge Guaranho responderá no júri popular por homicídio duplamente qualificado. O Ministério Público citou como agravantes o motivo fútil e o perigo comum, uma vez que o atirador colocou outras pessoas em risco ao iniciar os disparos durante a festa de aniversário. A denúncia apresentada no dia 20 de julho destaca a motivação fútil, por “preferências político-partidárias antagônicas”. Pela legislação brasileira, o caso não se enquadra como crime político, embora a motivação política possa ser considerada um agravante pelos jurados.
Ainda não há data marcada para o júri popular. Jorge Guaranho será julgado no Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná.
Reportagem: Angelo Sfair.