Juíza Gabriela Hardt rebate críticas em relação às delações premiadas em evento em Curitiba

 Juíza Gabriela Hardt rebate críticas em relação às delações premiadas em evento em Curitiba

(Foto: Juliana Goss/BandNews Curitiba)

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Apesar da repercussão negativa envolvendo o impasse para a criação da fundação que poderia gerir parte dos R$ 2,5 bilhões pagos pela Petrobras em uma ação nos Estados Unidos, a juíza Gabriela Hardt – que homologou o acordo controverso entre o MPF e a estatal – não abordou o assunto em uma mesa redonda no 1º Fórum Nacional sobre Crimes Econômicos Financeiros.

Durante o evento, a magistrada da 13ª Vara Federal de Curitiba – que encabeça algumas ações da Lava Jato – fez uma ponte entre o escândalo de corrupção envolvendo o repasse de US$ 20 bilhões ilegais ao exterior, na década de 90, no caso envolvendo o Banco Banestado e a operação na Petrobras. Para ela, a principal mudança que fez com que a Lava Jato tivesse êxito foi a possibilidade da execução da pena de réus logo após a condenação em 2ª instância. A decisão do Supremo, de 2016, fez com que investigados temessem o cumprimento das condenações e fechassem acordo de delação premiada. No caso Banestado, muitos condenados voltaram a cometer crimes, como o doleiro Alberto Youssef.

Segundo a juíza, a jurisprudência fortaleceu a operação.

A magistrada destacou que poucos investigados no escândalo do Banestado cumpriram de fato as penas. Gabriela Hardt também rebateu críticas relacionadas as delações premiadas. O benefício concedido ao réu que aceite colaborar com a investigação ou entregar outros envolvidos possibilita a redução de até 2/3 da pena privativa de liberdade.

Hardt comentou ainda o acesso ao sistema eletrônico da Justiça Federal, que permite a divulgação dos atos envolvendo os processos da Lava Jato.

Segundo ela, o destaque dado pela imprensa à operação é essencial para tornar público tudo que envolve as ações.

A delegada, atual diretora do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Polícial Federal, Erika Marena, que integra a equipe do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, em Brasília, também participou da mesa redonda, abordando as dificuldades técnicas para a apuração dos casos de corrupção.

A programação do Fórum segue até amanhã (14) no pequeno auditório da Universidade Positivo, em Curitiba.

Reportagem: Juliana Goss

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