Política

Justiça bloqueia R$ 57 mil de Katia Dittrich, vereadora acusada de desviar salários de comissionados

 Justiça bloqueia R$ 57 mil de Katia Dittrich, vereadora acusada de desviar salários de comissionados

(Foto: Divulgação/CMC)

(Foto: Divulgação/CMC)

A vereadora Katia Dittrich e o marido dela, Marcos Withers, tiveram 57 mil reais bloqueados pela Justiça. Eles são acusados de desviar parte dos salários de pelo menos quatro assessores. O valor bloqueado é uma garantia de indenização em caso de uma futura condenação. A decisão em caráter liminar é do  juiz Guilherme de Paula Rezende, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Intimados, Katia e o marido ainda não se manifestaram no processo sobre o bloqueio dos valores.

Essa Ação Civil Pública decorre de uma denúncia do Ministério Público. A Promotoria ouviu oito testemunhas, entre elas as vítimas da extorsão atribuída à Katia Dittrich e Marcos Whiters.

Segundo narra a denúncia, três dos assessores da vereadora foram coagidos a devolver mil e quinhentos reais por mês ao gabinete. Os funcionários recebiam um salário bruto de R$ 9.640,00 reais. Essa devolução deveria ser feita em dinheiro “vivo”. Um dos assessores devolveu à vereadora mil reais – menos do que o combinado – e fez o repasse por meio de transferência bancária. Ele foi exonerado 16 dias depois da movimentação. Outras duas assessoras foram obrigadas a participar do mesmo esquema. Elas se recusaram a devolver o salário e foram exoneradas alguns dias depois da negativa.

A Chefe de Gabinete de Katia Dittrich também não teria sido poupada da extorsão, segundo a denúncia. Além de repassar parte dos vencimentos mensais, a funcionária foi coagida a fazer dois empréstimos de 5 mil reais e repassar os valores para Katia. A partir do momento em que a comissionada se opôs ao esquema, a vereadora também optou pela exoneração.

Ao todo, segundo a apuração do Ministério Público, Katia Dittrich e Marcos Whiters desviaram pelo menos 11 mil reais – mais de 14 mil em valores atualizados. As testemunhas informaram aos promotores que a justificativa da parlamentar era a manutenção do gabinete. A exigência de devolução de parte dos salários configura atos de improbidade administrativa.

As denúncias contra Katia Dittrich já têm mais de um ano. Uma comissão processante votou pela cassação do mandato da parlamentar, mas o parecer nunca foi discutido em Plenário. Nas duas tentativas de votação da cassação, as sessões foram suspensas pela Justiça. Com o impasse, Katia ainda exerce o cargo de vereadora, apesar de ter sido expulsa do Partido Solidariedade. A reportagem tentou contato com vereadora Katia Dittrich, mas as ligações não foram retornadas.

Reportagem: Angelo Sfair

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