Justiça determina que Boca Aberta use tornozeleira eletrônica
A quinta vara criminal de Londrina, no norte do Paraná, mandou o ex-vereador Émerson Petriv ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A determinação do juiz Paulo Cesar Roldão é desta quarta-feira (31) e o ex-parlamentar, conhecido como Boca Aberta, tem vinte e quatro horas para colocar o equipamento depois de ser notificado.
A decisão reconhece que o ex-vereador descumpriu a ordem de manter uma distância mínima de quinhentos metros de outros parlamentares ou da sede do Legislativo, em Londrina. A medida tinha sido imposta após o registro de ameaças e perseguição, por parte de Boca Aberta, contra os vereadores Mario Takahashi, do PV, e Professor Rony, do PTB.
Ambos estão afastados das atividades parlamentares por ordem judicial e, desde a semana passada, são monitorados por tornozeleira eletrônica. O ex-vereador se aproximou dos dois parlamentares quando eles estavam no Centro de Reintegração Social de Londrina, unidade de regime semiaberto do Departamento de Execução Penal, onde colocavam os equipamentos eletrônicos.
O advogado de Boca Aberta, Eduardo Duarte Ferreira, entende que a medida cautelar perdeu o efeito quando os vereadores foram afastados. O entendimento não foi acolhido pelo juiz da quinta vara criminal de Londrina e a defesa do ex-vereador afirmou que vai recorrer da exigência de monitoramento por tornozeleira. Boca Aberta foi o candidato mais votado do Paraná nas eleições de 2016, com mais de onze mil votos.
Ele foi cassado em outubro, por quebra de decoro parlamentar, acusado de ter recebido vantagens indevidas em um financiamento coletivo pela internet. Mário Takahashi e Professor Rony são investigados por envolvimento em um esquema de propina para aprovar mudanças no setor de zoneamento urbano de Londrina. Ambos estão afastados das funções e com os salários suspensos. Amanhã (quinta-feira), no retorno das sessões do legislativo, o presidente da Câmara vai fazer a convocação dos suplentes.