Justiça inocenta Richa e mais cinco por ação do ’29 de abril’
O Ministério Público do Paraná afirma que vai recorrer da decisão judicial que rejeitou a denúncia contra o governador Beto Richa e outras cinco pessoas no processo que investiga a ação policial que deixou mais de duzentas pessoas feridas, no dia 29 de abril de 2015.
A manifestação, organizada por servidores públicos e professores, terminou com forte repressão policial, em frente à Assembleia Legislativa, no Centro Cívico. Os seis foram processados pelo Ministério Público por improbidade administrativa, em setembro de 2015.
O Governo do Paraná disse que não vai se manifestar. Foram acusados: Carlos Alberto Richa, governador; Fernando Francischini, então secretário de Segurança Pública; Nerino Mariano de Brito, à época subcomandante-Geral da Polícia Militar; Carlos Vinicius Kogut, então comandante-geral da Polícia Militar; Arildo Luis Dias, comandante da operação no dia; Hudson Leôncio Teixeira, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
No despacho, a juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse considerou que não houve crimes contra a administração pública na operação da Polícia Militar, para cercar o prédio da Assembleia Legislativa (Alep) e garantir a votação de um pacote de medidas fiscais proposto pelo governo estadual. A magistrada também determinou a extinção da ação proposta pelo MP. Ela diz que toda a ação policial estava amparada pela lei.
A juíza afirmou que os policiais agiram de forma legítima e legal para deter manifestantes que “instigaram” o conflito. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) se disse insatisfeito e indignado com a decisão e afirmou refutar os argumentos da juíza.
O sindicato alega que os manifestantes agiram de forma pacífica em todo o momento. A APP afirmou ainda que vai estudar outras providências jurídicas em relação ao caso.