Justiça nega pedido de ex-procurador da Lava Jato para suspender concurso de Doutorado da UFPR
A Justiça negou o pedido de suspensão do concurso de Doutorado da Universidade Federal do Paraná. O questionamento tinha sido apresentado pelo ex-procurador da Lava Jato no estado, Diogo Castor de Mattos.
Em despacho desta terça-feira (21), o juiz substituto da 1ª Vara Federal de Campo Mourão, na região central do Paraná, disse que não identificou ‘qualquer ilegalidade’ no critério adotado pela Banca. O ex-procurador da Lava Jato tinha pedido a suspensão cautelar do concurso. Com a decisão do juiz João Paulo Nery dos Passos Martins, o questionamento segue tramitando na Justiça Federal do Paraná.
No recurso, Diogo Castor de Mattos alegava que tinha sido prejudicado pela melhor nota atribuída ao concorrente. Para o ex-procurador da Lava Jato, houve uma alteração irregular na avaliação de currículos. Ele solicitou a recontagem da pontuação do concorrente, com base nos critérios originais do edital.
O juiz ainda afirmou que Diogo Castor de Mattos não tem o direito de interferir na ‘autonomia didático-científica das instituições de ensino’. Além da recontagem, o ex-procurador da Lava Jato pedia a suspeição de um dos examinadores da Banca. A Universidade Federal do Paraná argumenta que a alteração questionada no processo foi feita na véspera da publicação do edital, em setembro do ano passado.
Segundo a UFPR, a mudança buscava evitar um erro de interpretação no texto original. Procurado, Diogo Castor de Mattos não retornou as ligações da reportagem. O juiz abriu prazo de 15 dias para a manifestação das partes.
Reportagem: Cleverson Bravo/Angelo Sfair