A Justiça do Trabalho negou, nesta quarta-feira (13), que a Itaipu Binacional fizesse a transferência de funcionários de Curitiba para a empresa em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Para a juíza Christiane Bimbatti, da 4ª Vara de Curitiba, a companhia não conseguiu justificar o motivo do procedimento.

Na decisão, a magistrada afirma que a legislação apenas autoriza transferência de empregados se estiver disposto no contrato ou se ocupam cargos de gerência. A decisão acatou um pedido do Sindenel, sindicato que representa os funcionários da estatal. Em junho deste ano, a empresa explicou que a migração dos empregados de uma cidade para outra tinha por objetivo reduzir custos e gastos para poder investir em obras estruturantes e, também, para permitir que, ainda antes de 2023, a tarifa de energia fique mais barata para o consumidor brasileiro.

No entanto, a juíza disse em despacho que a tese da empresa é retórica e genérica, já que não há comprovação material de como a transferência poderia contribuir para alcançar a proposta. Além disso, Christiane Bimbatti apontou que “o ganho com a migração dos funcionários da capital paranaense para Foz é desproporcional ao prejuízo para as famílias envolvidas”.Procurada pela reportagem, a Itaipu disse que está tomando as medidas cabíveis e que irá recorrer da decisão.

Além disso, a empresa informou que vai orientar os empregados interessados, por meio da Superintendência de Recursos Humanos, sobre os procedimentos necessários para dar cumprimento à ordem judicial.

Reportagem: Thaissa Martiniuk