Justiça vai ouvir 18 testemunhas do caso Isis
Adolescente estava grávida quando desapareceu em Ponta Grossa. Principal suspeito está preso
A justiça vai ouvir 18 testemunhas durante as audiências de instrução sobre o caso do desaparecimento de Isis Victoria Mizerski. A adolescente de 17 anos estava grávida quando sumiu em junho deste ano, em Tibagi, na Região dos Campos Gerais do Paraná, depois de sair de casa para encontrar o vigilante Marcos Vagner de Souza. De acordo com as investigações, ele é o pai do bebê.
Até agora o corpo de Isis não foi encontrado. A polícia acredita que ela foi assassinada. O vigilante está preso e é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e abordo provocado sem o consentimento da vítima.
O advogado da familia da vítima, Cláudio Dalledone afirma sobre a importância do vigilante indicar onde deixou o corpo de Isis.
Dezesseis testemunhas de acusação e duas de defesa vão ser ouvidas durante esta semana. O réu vai acompanhar todas as audiências e será interrogado no fim das oitivas. Os advogados do réu e da família de Isis terão 20 minutos cada um para falar, só depois é que o juiz vai decidir se Marcos vai ou não a júri popular.
Segundo a polícia, a adolescente e o vigilante tiverem relações sexuais entre os meses de abril e maio. Logo em seguida ela começou a desconfiar que estaria grávida. No dia 3 de junho, três dias antes de desaparecer, a jovem contou para Marcos. O rapaz pediu para que ela fizesse um teste para confirmar a gravidez.
As investigações são robustas com imagens de câmeras de segurança que registraram Marcos em uma farmácia dois dias antes do desaparecimento de Isis. Três testemunhas afirmam que é nessa hora que o vigilante tenta comprar medicamentos abortivos. A localização do celular de Marcos na noite em que Isis foi vista pela última vez também aumenta a suspeita do envolvimento do vigilante no crime.
Reportagem: Lúcio André