Lava Jato acusa empresário por suposta propina de R$ 1,7 milhão a Paulo Roberto Costa
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná acusou o empresário Humberto do Amaral Carrilho de pagar um milhão e 700 mil reais em propinas para o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
De acordo com as investigações, os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro teriam acontecido entre 2007 e 2012. O então diretor do setor de Abastecimento da estatal teria recebido a propina para fraudar um contrato avaliado em mais de R$ 265 milhões. Por meio da atuação de Costa, empresas do grupo Dislub Equador, que pertence a Carrilho, foram contratadas sem licitação para prestar serviços à Petrobras até 2022.
Conforme a força-tarefa Lava Jato, a empresa Equador Log assinou um contrato de prestação de serviços de armazenamento e movimentação de produtos no terminal fluvial de Itacoatiara, no Amazonas. O porto seria inaugurado em 2012, mas começou a operar somente em 2013. Em decorrência do atraso, o contrato original, estimado em quase R$ 198 milhões, recebeu um aditivo que elevou o valor final para R$ 265 milhões.
Os pagamentos de propina de Carrilho para Costa começaram logo na sequência. Para dissimular o dinheiro ilícito, o ex-diretor da Petrobras firmou três contratos falsos para serviços de consultoria que nunca foram prestados. Por meio dos contratos, Carrilho realizou 25 transferências para a empresa controlada por Paulo Roberto Costa.
A força-tarefa Lava Jato pediu o bloqueio de cerca de R$ 3 milhões dos acusados. A denúncia foi protocolada pelo MPF junto à 13ª Vara Federal de Curitiba. Caberá à Justiça Federal do Paraná analisar o caso e aceitar, ou não, o pedido de abertura de uma ação penal.
Reportagem: Angelo Sfair