Lava Jato: fase 79 mira filho de ex-ministro e esquema de lavagem de dinheiro envolvendo obras de arte

 Lava Jato: fase 79 mira filho de ex-ministro e esquema de lavagem de dinheiro envolvendo obras de arte

Foto: divulgação/PF

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Foto: divulgação/PF

A Polícia Federal apreende cerca de 100 obras de arte durante a fase 79 da Operação Lava Jato, desencadeada hoje (12) para aprofundar investigações contra uma quadrilha suspeita de cobrar propinas para fraudar contratos da Transpetro.

Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, é apontado como um dos responsáveis pelo acervo. Ele chegou a ser preso em setembro de 2019, na fase 65 da Lava Jato, quando a PF apurava um esquema semelhante de lavagem de dinheiro.

Nas ações de hoje (12), cerca de 70 policiais e 10 agentes da Receita Federal cumpre 11 mandados de busca e apreensão em três estados e no DF. Desta vez, a Justiça Federal no Paraná não expediu mandados de prisão.

Conforme as investigações da Polícia Federal, a quadrilha suspeita usava operações de compra e venda de imóveis e obras de arte para esconder a origem ilícita das propinas. Mais de 100 obras de arte estão na mira da PF, que identificou diferenças de até 500% entre os valores econômicos reais e aqueles declarados à Receita Federal.

Entre 2005 e 2014, a PF identificou pelo menos 12 milhões de reais em propinas em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras que também está envolvida em esquemas de corrupção. No período das fraudes investigadas, a empresa era comandada por Sérgio Machado, que ocupava o cargo graças ao apoio político do MDB, do ex-ministro Edison Lobão.

Como exemplos das fraudes suspeitas, a PF cita a compra de um apartamento de alto padrão, em 2007, por um milhão de reais. O bem foi vendido menos de dois anos depois por três milhões de reais, configurando uma valorização não correspondente às condições do mercado imobiliário na época. No caso das obras de arte, a Polícia Federal apurou que peças de valor expressivo eram negociadas sem a devida declaração à Receita Federal. Compradores e vendedores emitiam notas fiscais e recibos com valores flagrantemente menores do que os reais, com variações de 167% a 529%.

Os investigados podem responder por crimes de corrupção, fraudes licitatórias, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Reportagem: Angelo Sfair

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