Depois da decisão liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Tofolli, que obriga a força tarefa da Operação Lava Jato a compartilhar informações com a Procuradoria Geral da República, os procuradores que compõem o grupo em Curitiba se manifestaram por meio de nota.

Nela, os integrantes afirmam que abre aspas “lamentam que a decisão inaugure orientação nova e inédita, permitindo o acesso indiscriminado a dados privados de cidadãos”.  Os procuradores também disseram que a decisão partiu de um pressuposto falso, já que segundo eles não qualquer investigação sobre agentes públicos com foro privilegiado.

A resposta dos procuradores é sobre a suspeita de que em uma das denúncias apresentadas pela força tarefa as citações ao presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teriam acontecido sob a forma de codinomes – o que pode ter sido feito para evitar que os processos fossem remetidos ao Supremo Tribunal Federal – já que os políticos contam com foro privilegiado.

Apesar de se posicionarem de forma contrária, a lava-jato de Curitiba afirmou que deve cumprir a decisão do STF, que também vale para a força tarefa Lava Jato de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

Reportagem: Emanuel Pierin