Lobista investigado na Lava Jato faz acordo de delação e é transferido para prisão domiciliar

O lobista Milton Pascowitch, acusado de ser operador de propinas da construtora Engevix, está em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica, desde ontem (29). O benefício é resultado de um acordo de delação premiada, que também pode garantir uma redução de pena. Ele ficou preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba por pouco mais de um mês, desde 21 de maio, quando foi deflagrada a 13.ª fase da Operação Lava Jato.

A colaboração do lobista deve esclarecer novos detalhes do esquema de corrupção na Petrobras. Para os investigadores, Milton é o elo com o Partido dos Trabalhadores. Ele e o irmão, José Adolfo Pascowitch são donos da Jamp Engenheiros Associados, que pagou R$ 400 mil do imóvel comprado pelo ex-ministro José Dirceu para ser a sede da sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria Ltda. A compra do imóvel é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a JD, José Dirceu e seu irmão e sócio, Luiz Eduardo Oliveira e Silva.

A defesa do ex-ministro afirma que parte do imóvel, comprado por R$ 1,6 milhão foi paga pela empresa dos irmãos Pascowitch, conforme previsto em contrato de consultoria entre a JD e a Jamp. Além dos R$ 400 mil de entrada, José Dirceu alega ter financiado a compra do imóvel no Banco do Brasil, em mais 161 prestações. A Jamp Engenheiros mantinha contratos com várias empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. O acordo de colaboração de Milton Pascowitch ainda está sob sigilo. Nem os investigadores, nem o advogado do empresário, Theo Dias, comentaram o assunto.

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