Lotado pela procura direta, Pronto Atendimento do Pequeno Príncipe é fechado pela terceira vez em 15 dias
Pela terceira vez em duas semanas o Pronto Atendimento (PA) do Hospital Pequeno Príncipe (HPP) precisou ser fechado em razão da procura acima do normal. Somente nesta terça-feira (08), mais de setecentas consultas de urgência foram realizadas.
De acordo com o hospital, 90% dos atendimentos de ontem (07) poderiam ter sido resolvidos em unidades básicas de saúde (UBSs). Não há previsão para a retomada dos trabalhos.
A ocupação atual do Hospital Pequeno Príncipe chega a 98%. Ontem (08), das 16 macas disponíveis para o PA, 14 estavam sendo utilizadas por crianças que aguardavam uma consulta na enfermaria. Havia apenas um consultório livre para atender 45 pacientes; a fila de espera chegava a oito horas.
O vice-diretor clínico do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio, aponta a procura direta indevida como a principal causa da sobrecarga:
O atendimento terciário é de alta complexidade. Quando uma criança, por exemplo, é diagnosticada na UBS com pneumonia, o caso é encaminhado ao HPP. A entidade é credenciada para trabalhar na ‘retaguarda’, recebendo os casos mais graves das unidades básicas (UBSs) e unidade de pronto atendimento (UPAs).
Mas, no dia-a-dia, não é isso o que acontece…:
O vice-diretor explica que a procura indevida pelo hospital acaba prejudicando os atendimentos prioritários:
O Hospital Pequeno Príncipe esclarece que não deixa de atender os casos urgentes, respeitando a ética médica. Apesar disso, reconhece a sua limitação. Victor Horácio faz um apelo à população e pede a colaboração de todos:
O HPP tem 380 leitos e todos estão ocupados. O Pronto Atendimento será retomado à medida que vagas sejam liberadas. Suspensos desde as oito da noite de ontem (07), os trabalhos não têm previsão de normalização.
Reportagem: Angelo Sfair