O curso de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná terá uma mãe e um filho autistas entre os calouros da turma de 2023. Adriana e Gabriel Czelusniak fizeram a preparação juntos para que ele tivesse apoio nos estudos. Os dois foram aprovados e vão cursar no período noturno. A mãe conta que a rotina de estudos em conjunto começou com a pandemia e o ensino online.

Os dois passaram pela ampla concorrência e não pelas cotas para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Eles tiveram direito a realizar a prova em uma sala com um número menor de candidatos. Para Gabriel, a pedagogia é essencial para a inclusão de alunos.

A conquista da família inspirou outras pessoas, que procuraram Adriana. A prova do vestibular traz um desafio a mais para pessoas com TEA: as questões que dependem da interpretação de ditados populares e figuras de linguagem.

Adriana é jornalista e se especializou no Transtorno do Espectro Autista após o diagnóstico do filho. Durante a pesquisa, ela descobriu que também está no espectro. Ela compartilha a rotina por meio das redes sociais @vivendoainclusao.

Reportagem: Larissa Biscaia