Mesmo com chuva, reservatórios de Curitiba e região metropolitana permanecem com níveis baixos

 Mesmo com chuva, reservatórios de Curitiba e região metropolitana permanecem com níveis baixos

Foto: Jose Fernando Ogura/AEN

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Foto: Jose Fernando Ogura/AEN – Represa Iraí

Apesar da ocorrência de chuvas nos últimos dias, o déficit hídrico que atinge Curitiba e região metropolitana a mais de um ano permanece em um dos piores cenários já registrados. Os níveis dos reservatórios que abastecem a Grande Curitiba estão em média com 30% da capacidade – situação ainda tratada como preocupante pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e por ambientalistas. A estiagem severa deu sinais ainda em 2019, mas se acentuou a partir de março quando a Sanepar adotou o rodízio do abastecimento como forma de mitigar os impactos da crise hídrica. A princípio o rodízio começou em áreas abastecidas pelo Rio Miringuava, que apresentava vazão baixa.

Com o passar dos meses, a estiagem se estendeu a perda de vazão de outros rios, poços e reservatórios, como conta o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Para a Sanepar, as ações de momento como os rodízios e as transposições de rios da região como o Miringuava Mirin e Pequeno para a bacia do Miringuava e também a transposição da antiga Pedreira do Orleans para o Rio Passaúna são medidas com impacto a curto prazo, para minimizar a crise de momento. Já para os próximos meses está programada a conclusão da Barragem do Miringuava.

Períodos de seca como a que o Paraná vem enfrentando já foram registrados e se tornaram recorrentes em partes do mundo onde esse tipo de problema não existia a séculos. Em 2017, a California (EUA) enfrentou uma severa estiagem que secou rios e lagos. Já entre 2014 e 2016, o estado vizinho São Paulo passou por uma seca que desabasteceu milhões de pessoas ao mesmo tempo.

Para a analista de processos ambientais da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Natasha Choinski, episódios de níveis baixos dos rios e bacias, que é decorrente da pouca chuva, são apenas alguns dos impactos da degradação ambiental. No caso da região metropolitana de Curitiba, principalmente dos mananciais.

Conforme a Sanepar, projetos ligados ao sistema de saneamento e abastecimento em conjunto com a preservação do meio ambiente estão entre as ações para o futuro. Dentre eles, o reúso da água do esgoto. Que após passar por um tratamento estará disponível para o consumo.

O diretor da companhia Julio Gonchorosky reconhece a importância da preservação das áreas de mananciais, vizinhas dos centros urbanos na região.

Embora as chuvas dos últimos dias não tenham melhorado significativamente a situação da seca, a Sanepar projeta que caso as chuvas se mantenham nos próximos dias, os reservatórios da região metropolitana podem chegar perto dos 35% de capacidade no mês que vem.

Reportagem: Leonardo Gomes

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