A alta dos combustíveis tem trazido impactos para os empresários, principalmente para os pequenos negócios, que representam mais de 90% de todas as empresas do Brasil. De acordo com uma pesquisa do SEBRAE em parceria com a Fundação Getúlio Vargas para 63% dos microempreendedores individuais e 61% dos micro e pequenos empresários os gastos com combustíveis, junto a insumos e mercadorias, são mencionados como os de maior impacto nos negócios.

Juan Pablo Molina tem uma empresa de uniformes que atende cerca de quatro mil clientes em todo o país. A fabricação das peças é feita por costureiras que trabalham em casa e por conta disso os gastos com combustível são bastante altos, representando pelo menos 15% do total das despesas.

E agora com essa alta dos combustíveis, Juan prevê que terá que repassar aumento para os clientes, com altas de pelo menos 5% nos produtos.

Reajustes que a Camila Chaves também já precisou repassar. Dona de Pet Shop, ela explica que vários produtos subiram e que alguns clientes já reduziram a frequência dos banhos para fugir dos preços mais salgados, principalmente do serviço de leva e traz.

Altas que trazem prejuízos e muitos outros impactos para os negócios. Por isso, a melhor estratégia em momentos assim é planejar e reavaliar os gastos. Especialista em gestão financeira, João Augusto Betenheuzer explica que as estratégias vão desde o momento de fazer o pedido até a precificação e venda do produto.

Ainda segundo ele, estar preparado para momentos de crise pode significar a sobrevivência no mercado. E a gestão financeira é essencial nesse processo.

O Brasil conta atualmente com cerca de 20 milhões de pequenos e médios negócios.