Moro aceita denúncia contra Gim Argello
O ex-senador Gim Argello se tornou réu, nesta quinta-feira (09), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de obstruir trabalhos de investigação de CPIs, na Câmara e no Senado, entre junho e dezembro de 2014.
As comissões foram criadas para apurar fatos ilícitos cometidos contra a Petrobras e, conforme a denúncia do Ministério Público Federal, houve acerto de pagamento de propina para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento. O acordo previa o repasse de cinco milhões de reais.
No entanto, Gim Argello teria recebido, efetivamente, um milhão e 600 mil reais disfarçado de doação oficial de campanha. A propina foi paga pela empresa Galvão Engenharia e repassada ao PSL, PT do B e PEN. Os valores foram registrados junto à Justiça Eleitoral, com emissão de cinco recibos, de modo a dar aparência lícita à propina e reinserir os valores na economia formal. A denúncia foi apresentada no mês passado e recebida pelo juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira (09).
O ex-senador já foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 11 anos e oito meses de prisão e cumpre pena no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Neste caso, houve acerto de pagamento de vantagem indevida envolvendo as empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Camargo Corrêa e Engevix.