Moro nega desbloqueio de contas de investigado na 53ª fase da Lava Jato

 Moro nega desbloqueio de contas de investigado na 53ª fase da Lava Jato

Foto: divulgação/PF

O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, negou ontem (19) o desbloqueio de contas de uma empresa de Jorge Atherino, alvo da operação Piloto, a fase 53ª da Lava Jato. Atherino, que está preso desde o dia 11 de setembro, pediu ao juiz que o desbloqueio fosse feito para que a empresa RF Participações, que pertence à família, pudesse voltar a movimentar as contas e honrasse compromissos.

O juiz explicou que o bloqueio não impede as movimentações, mas que muitos bancos, por política interna, acabam impedindo. O juiz afirma que o despacho serve para que os bancos devolvam o controle do movimento à empresa. Atherino, conhecido como Grego, foi preso junto com o ex-chefe de Gabinete do ex-governador Beto Richa, do PSDB. A operação investiga pagamento de propina para políticos na obra da PR-323, vencida pela Odebrecht.

Na semana passada, o juiz determinou o bloqueio de R$ 10 milhões de cada um dos cinco alvos da operação. Além de Roldo e Atherino, foram confiscados bens nas contas das empresas Start Agência de Notícia e RF Participações, bem como de Flora Leito Atherino, “já que há suspeita de que a conta seja utilizada por Jorge Atherino”.

Segundo o Ministério Público Federal, Roldo teria recebido R$ 4 milhões de propina para beneficiar a Odebrecht. Moro justifica o valor mais alto no bloqueio, por considerar “não só o montante da suposta vantagem indevida, mas igualmente o volume de operações suspeitas de lavagem e que são substancialmente maiores”.

O Banco Central, no entanto, encontrou apenas R$ 15 mil em uma conta do ex-chefe de gabinete de Richa. Na conta da esposa do empresário Jorge Atherino, suposto operador de Richa, o Banco Central achou R$ 54 mil. Já na conta da R.F Participações, ligada a familiares do empresário, foram encontrados apenas R$ 14 mil.

Roldo e Atherino já são réus na Lava Jato por crimes como corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e lavagem de dinheiro, por suspeita de irregularidades no contrato para duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do estado. Na operação da semana passada, foram presos Deonilson Roldo; Jorge Atherino e Tiago Correia Adriano Rocha, indicado como operador financeiro de Atherino. Tiago foi solto na última sexta-feira.

Reportagem: Narley resende

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