Moro nega pedido para que Cunha não seja transportado de camburão para interrogatório

 Moro nega pedido para que Cunha não seja transportado de camburão para interrogatório

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, será interrogado amanhã (quarta) em ação penal em que é acusado de receber propina em contratos para o fornecimento de navios-sonda para a Petrobras. A audiência será presencial e está prevista para começar às 14h. No processo, Cunha responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além do ex-deputado, também será interrogada a ex-deputada e ex-prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida.

Em petição desta terça-feira, a defesa de Eduardo Cunha solicitou ao juiz Sérgio Moro que o emedebista fosse transportado até a Justiça Federal em um dos bancos do veículo policial e não no camburão. O magistrado negou o pedido e voltou a dizer “que as condições, embora não sejam ideais, são adequadas, considerando as limitações de recursos das forças de segurança”.

Além disso, Moro esclareceu que não é possível exigir que o transporte do ex-deputado ocorra sempre com van ou admitir que ele seja transportado, com violação dos protocolos de segurança, sentado no meio dos agentes munidos de armas.

Nesta ação penal, o Ministério Público Federal aponta que Cunha teria solicitado para ele e outras pessoas propina no valor de US$ 15 milhões para a contratação dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000. Os crimes teriam acontecido entre junho de 2006 e outubro de 2012. Solange também teria pressionado o pagamento por meio de dois requerimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC).

Pouco antes da data do interrogatório, uma perícia confirmou a autenticidade de mensagens encontradas no celular de Cunha em que eram negociados favorecimentos e abordados outros assuntos com empresários e parlamentares. Entre as conversas periciadas estão assuntos tratados com André Vargas, João Augusto Rezende Henriques, Fernando Baiano, Hugo Mota e Geddel Vieira Lima.

Em outro processo decorrente da Lava Jato, Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão pela acusação de ter recebido propina em contrato da Petrobras para a exploração de petróleo no Benin, na África. O ex-presidente da Câmara está preso desde outubro de 2016 e atualmente cumpre pena no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Reportagem: Thaissa Martiniuk

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