Mortes de crianças por acidentes diminui, mas ainda mata ao menos uma criança por dia no Paraná
Amanhã (12) é Dia das Crianças no Brasil, mas mais do que comemorar, a data também serve para refletir. É que, em média, uma criança morre no Paraná a cada 20 horas e 30 minutos vítima de algum tipo de acidente, ou seja, de algo que poderia ser evitado, dentro ou fora de casa.
As causas são variadas, segundo o DataSus, do Ministério da Saúde, mas o trânsito é ainda a que mais se destaca e responde por 44,5% dos óbitos desse recorte da população no estado. Quem explica é o fundador do programa “Angelino – o anjinho distraído”, Renato Cavalher.
De fato, os registros vêm diminuindo. Em 1996, por exemplo, quando o Ministério da Saúde começou a analisar esse cenário, foram 663 óbitos de crianças por algum tipo de acidente contra 236 em 2016 – ano com a análise mais recente feita pelo órgão. Os dados revelam uma queda de 64,4% em 10 anos.
Por outro lado, é preciso estar sempre alerta. Até porque o trânsito é apenas um entre os muitos fatores que contribuem para essa realidade.
Na sequência dos acidentes de trânsito, conforme o DataSus, as principais causas de morte no estado são os episódios de sufocação (23%) e de afogamento (18,2%). As armas de fogo também aparecem e correspondem a uma fatia de 7,1%, seguidas pelas queimaduras (3,8%), quedas (3,1%), e os eventos de intoxicação (0,2%).
Cavalher sustenta que a educação é, também em relação a isso, a melhor forma de salvar vidas.
O programa idealizado por Cavalher atua junto aos estabelecimentos de ensino que decidem adotar essa abordagem preventiva. A orientação é realizada por meio de uma série de etapas, que incluem vistorias nas instalações para identificar oportunidades de melhoria de infraestrutura, assim como capacitações dos educadores e treinamento de alunos com atividades educativas até o contato com as famílias das crianças por meio de palestras e eventos.
Principal causa de mortalidade infantil no mundo, os acidentes causam aproximadamente 800 mil óbitos por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Reportagem: Daiane Andrade