MPF pede novamente para que a Justiça decrete a prisão preventiva de diretor-geral afastado do DER-PR

 MPF pede novamente para que a Justiça decrete a prisão preventiva de diretor-geral afastado do DER-PR

(Foto: Jorge Woll/ DER)

(Foto: Jorge Woll/ DER)

O Ministério Público Federal se manifestou mais uma vez para que a justiça decrete a prisão preventiva (sem prazo para expirar) do diretor-geral afastado do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, Nelson Leal Júnior.

Ele foi detido na fase mais recente da Lava Jato, que investiga corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no estado. Para a Procuradoria, a liberdade do executivo representa risco à instrução criminal pela proximidade dele com o atual diretor do DER; além do risco de ocultação de valores com origem ilícita e destruição de provas.

Segunda-feira (26), a juíza federal substituta Gabriela Hardt tinha prorrogado o prazo da prisão temporária do executivo por mais cinco dias. No despacho, a juíza mandou o Ministério Público Federal se manifestar até esta quinta-feira (01) a respeito de questionamentos da defesa de Leal Júnior.

Segundo os advogados, as investigações seriam baseadas apenas na situação patrimonial do diretor-geral afastado do DER – situação que estaria justificada nas fontes de renda dele. Como resposta, a força-tarefa da Lava Jato sustenta que os contratos de concessão foram diversas vezes modificados quando Nelson Leal Júnior estava a frente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, favorecendo as concessionárias através de atos administrativos ‘duvidosos’.

Os aditivos seriam contraditórios, por exemplo, a laudos e estudos técnicos do próprio órgão. Ainda segundo o Ministério Público Federal, após assumir a direção do DER, o executivo passou a contar com incrementos patrimoniais e pagamentos em espécie suspeitos.

A defesa de Leal Júnior apontou também que faltou conhecimento técnico para força-tarefa da Lava Jato na análise de contratos do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. Os advogados lembram que a direção do DER veio a público contestar as conclusões do MPF. A esse respeito, o Ministério Público Federal afirma que o atual diretor do órgão, Paulo Montes Luz, tem envolvimento direto na elaboração dos aditivos contestados e, portanto, interesse pessoal em atacar as conclusões da força-tarefa da Lava Jato.

A Procuradoria confirma que o atual diretor do DER é investigado (com quebra de sigilo bancário e telefônico) e há suspeita do envolvimento dele no esquema. Segundo as investigações, a concessionária Econorte realizava pagamentos indevidos a agentes públicos e, em contrapartida, era favorecida em contratos e termos aditivos, o que possibilitava também o aumento das tarifas de pedágio.

Além do diretor-geral afastado do DER, também estão presos o ex-funcionário do órgão, Oscar Gayer da Silva; o sócio da Eco Sul Brasil Construtora, Wellington Volpato; o diretor-presidente da Triunfo Econorte, Hélio Ogama; o funcionário da Econorte, Sandro Antônio de Lima e o administrador da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra.

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