MPF pede prisão preventiva do advogado e ex-vereador Alexandre Romano

Foto: reprodução/Fato Online
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O Ministério Público Federal pediu nesta segunda-feira (17) a conversão da prisão temporária do advogado e ex-vereador Alexandre Romano em preventiva, por tempo indeterminado. O parecer reforça um pedido já apresentado pela Polícia Federal, mas ainda não apreciado. Ontem, o juiz Sérgio Moro prorrogou até esta terça-feira (18) a prisão de Romano, que foi detido na semana passada, na 18.ª fase da Operação Lava Jato.

Moro estabeleceu um prazo até as 13h desta terça-feira para que o Ministério Público Federal e a defesa de Romano apresentem suas alegações. Romano é suspeito de ser operador de um esquema de corrupção envolvendo contratos de empréstimo consignado para servidores federais. De acordo com as investigações, cerca de R$ 52 milhões teriam sido repassados pela empresa Consist Software, responsável por gerir o sistema de empréstimos, a empresas de fachada e escritórios de advocacia indicados por Romano e pelo delator da Lava Jato Milton Pascowitch.

Em depoimento à Polícia Federal, Romano disse ter sido indicado por Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação no primeiro governo Lula morto em 2013, para atuar com a empresa Consist Software. Em 2009, quando já havia deixado o governo, Gushiken atuava como consultor do Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (Sinapp) e pediu a ajuda de Romano para resolver problemas de créditos que os bancos tinham por falhas no sistema informatizado de empréstimos consignados para servidores federais. A Consist seria a empresa que poderia oferecer a solução tecnológica e com a qual Romano firmou um contrato de consultoria.

Um acordo de cooperação técnica entre o Sinapp, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Ministério do Planejamento permitiu que a Consist oferecesse o sistema informatizado para as financeiras que ofereciam empréstimos aos servidores. Os investigadores questionam a remuneração de Alexandre Romano em 32% do faturamento líquido da Consist. Polícia Federal e Ministério Público Federal também buscam esclarecimentos sobre os motivos que levaram Romano a oferecer a Gushiken parte dos honorários recebidos, sob a alegação de que foi o ex-ministro quem abriu a possibilidade de firmar o contrato.

Segundo depoimento de Romano à Polícia, Gushiken teria se mostrado surpreso com a oferta e algumas semanas depois indicou um escritório de advocacia e uma empresa que prestava serviços para o Partido dos Trabalhadores para receberem parte dos honorários.

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