Museu lança campanha em memória às vítimas do Holocausto
No início de 2022 foi registrado um aumento de 67% nos crimes de ódio
No Dia Internacinal em Memória das Vítimas do Holocausto o Museu do Holocausto de Curitiba lança a campanha #ContarPraViver. A ação é um alerta sobre a importância de preservar a memória para evitar que esse importante fato histórico seja distorcido ou até mesmo apagado.
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Em Curitiba a campanha é realizada pelo Museu do Holocausto em parceria com a Unesco e a Confederação Israelita do Brasil. O coordenador geral do museu, Carlos Reiss, explica que o material, gravado na cinemateca de São Paulo, traz depoimentos de três sobreviventes do Holocausto e de três brasileiros que passaram por outros tipos de violência, ódio e intolerância.
Um dos convidados para a campanha foi o músico Odivaldo Carlos da Silva, conhecido como Neno. Em novembro do ano passado, Neno foi agredido no centro de Curitiba. O músico de 55 anos foi vítima de agressão, intolerância e preconceito.
No Brasil, os crimes de violência e ódio estão crescendo. Segundo a Safernet, no início de 2022 foi registrado um aumento de 67% nos crimes de ódio praticados na internet. No que se refere a casos de apologia ao nazismo, dados do governo federal e da Polícia Federal apontam para um salto de menos de 20 para mais de 100 entre 2018 e 2020. E a quantidade de células nazistas também atingiu o maior pico de crescimento, com 1.117 casos identificados.
Para o coordenador do museu o resgate da memória do Holocausto e a conscientização sobre as consequências da violência são fundamentais para uma mudança de comportamento.
O conteúdo da campanha pode ser acessado no site www.contarparaviver.com.br.
Reportagem: Vanessa Fontanella