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Mirian Gasparin

Crédito farto e incertezas econômicas favorecem investimento em imóveis

 Negócios em alta no setor imobiliário de Curitiba

Foto: divulgação

Os negócios envolvendo a venda e locação de imóveis usados em Curitiba registraram nos dois últimos anos um dos seus melhores momentos desde 2014. No caso específico de venda, de janeiro a novembro, o índice de Venda de Usados Sobre a Oferta de imóveis residenciais ficou em 4,9%. Isso significa que de cada 100 imóveis usados colocados à venda quase 5 foram vendidos. Antes da pandemia, esse percentual era de 2,6%, ou seja, quase a metade do verificado em 2022.

De acordo com o presidente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), o empresário Luciano Tomazini, o mercado tem vivenciado um alto volume de compras financiadas, o que demonstra que o crédito está farto e os juros convidativos, apesar da alta deste ano.

Ainda segundo Tomazini, os curitibanos que estavam acompanhando e estudando o melhor momento para a compra de um imóvel usado não deixaram passar a oportunidade, o que comprova a velha máxima de que imóvel continua sendo uma moeda forte.

No entanto, o presidente do Inpespar admite que o período eleitoral trouxe alguns reflexos ‘negativos’ ao mercado imobiliário, resultando numa leve queda das vendas neste final do ano. Mesmo assim, na média, não teve tanto impacto, isso porque, a queda ocorreu nos negócios que precisavam de financiamento, mas que acabaram sendo equilibrados por um leve aumento nas vendas à vista.

Já no caso específico da locação de imóveis, 2022 está terminando com o melhor resultado desde 2014. A média do índice de Locação Sobre Oferta para os imóveis residenciais ficou na casa dos 26% entre janeiro e novembro, ou seja, mais de 7 pontos percentuais acima do verificado no ano passado.

Para 2023, os empresários do mercado imobiliário de Curitiba continuam otimistas, mas estão de olho nas medidas que o novo governo deverá tomar. Acontece que em períodos de crise, o Mercado Imobiliário não deixa as pessoas na mão. Ele mantém uma renda mensal para quem aluga imóveis e é uma alternativa válida gerar um lucro a mais. Por isso, a expectativa para o ano que vem é de continuidade desse movimento, inclusive com o lançamento de novos empreendimentos, já que os estoques estão baixos.

Mirian Gasparin

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