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No Paraná, 564 empresas produzem biscoitos e empregam 2.200 trabalhadores

 No Dia do Biscoito, indústrias comemoram o aumento no consumo

Foto: Pixabay

Hoje é o Dia do Biscoito. A data foi criada em 2016 pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi), e se consagrou no calendário industrial, conquistando a adesão de várias marcas, inclusive de fora do setor.

E os empresários do setor de biscoitos não têm do que reclamar, pois o consumo vem crescendo em algumas linhas de produtos, neste período de pandemia. Hoje, em termos nacionais, o consumo anual de biscoitos chega a um milhão e meio de toneladas. O Brasil ocupa a quarta posição de maior vendedor mundial de biscoitos em toneladas. Só para se ter uma ideia, o consumo per capita de biscoitos na última década pulou de 3,8 quilos para 8,7 quilos ao ano.

Eu conversei com a presidente do Sindicato das Indústrias de Massas, Biscoitos e Pães do Paraná, a empresária Eloisa Helena Orlandi, e ela me disse que aqui no Estado, as indústrias de biscoitos estão trabalhando no sentido de manter a curva de crescimento. Segundo a presidente do Sincabima, o grande desafio do setor, este ano, é o aumento do custo de produção, adicionado à escassez do trigo no mercado mundial.

Eloisa Orlandi me explicou que o impacto da guerra na Ucrânia que eclodiu num cenário econômico ainda cambaleante pela pandemia, acende o sinal de alerta para frear um otimismo excessivo. Também, de acordo com a empresária, as indústrias de biscoitos esperam contar com a sensibilidade do governo no sentido de criar políticas de incentivos que verdadeiramente apoiem o setor, aumentando a competitividade da indústria paranaense na geração de recursos e de empregos.

Dados do Sincabima apontam que o Paraná conta com 564 indústrias de biscoitos, que operam no formato de micro, pequenas, médias e grandes empresas, empregando 2.200 trabalhadores. 

A pandemia mudou os hábitos de consumo da população, o consumo de biscoitos cresceu. Eloisa Orlandi me explicou que o aumento do consumo ocorreu por conta do famoso “fica em casa”, que trouxe de volta para o ambiente do lar o lanche da tarde e do final da noite. A indústria dos biscoitos também precisou de inteligência e criatividade para conseguir atravessar os momentos mais delicados nesses dois últimos anos. E entre as apostas que deram certo foi a produção de biscoitos recheados e cookies em embalagens menores, que acabaram equilibrando as vendas da categoria com a combinação de praticidade e sabor.

Agora, a grande chave para o sucesso no mundo dos biscoitos é entender o tamanho da embalagem e o seu custo-benefício. Aliás, já há vários anos, muitos fabricantes estão reduzindo o tamanho das embalagens para criar porções individuais mais acessíveis ao bolso dos consumidores.

Outro item que tem contribuído para o aumento das receitas, é o mercado externo. As indústrias de biscoitos do Paraná estão exportando para a Bolivia, Chile, Colombia,Peru, Suiça, Japão, Palestina, Nigéria e alguns países do Oriente Médio.

Por fim, eu perguntei à presidente do Sincabima sobre qual é o crescimento projetado para este ano. Segundo Eloisa Orlandi, as indústrias de biscoitos do Paraná, a exemplo do setor no Brasil, estão projetando um crescimento de apenas 1%, devido à influência da escassez do trigo e da consequente alta dos preços no mercado de commodities.

Confira abaixo a coluna em áudio:

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felipe.costa