Nova espécie de pterossauro é encontrada no noroeste do Paraná
Pesquisadores da Universidade do Contestado encontraram uma nova espécie fóssil de pterossauro — que é um réptil voador — em rochas de Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná. A descoberta foi publicada na Revista da Academia Brasileira de Ciências, nesta segunda-feira (19).
A nova espécie foi encontrada na mesma região onde já tinham sido descritos outros fósseis: um lagarto, mais um pterossauro e o primeiro dinossauro do Paraná, o Vespersaurus paranaensis — anunciado em junho. O local é batizado de ‘cemitério dos pterossauros’.
Além de pesquisadores da Universidade do Contestado, o estudo da nova espécie envolveu especialistas da Espanha e do Museu Nacional. O grupo também atua na reconstrução do acervo perdido com o incêndio, na capital fluminense, em setembro do ano passado. O fóssil de pterossauro descrito nesta semana, no noroeste do Paraná, foi batizado de Keresdrakon vilsoni. A denominação combina o termo Keres (que são espíritos que personificaram a morte violenta, na mitologia grega, e estão associados a fatalidade) com o termo drakon (palavra do grego antigo para dragão ou enorme serpente).
Além disso, a expressão vilsoni é uma homenagem a Vilson Greinert, voluntário que atuou na preparação do acervo do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, em Mafra, norte de Santa Catarina. A estimativa é de que a nova espécie tenha vivido entre 110 e 80 milhões de anos atrás e é considerada um pterossauro de grandes dimensões.
Segundo a descrição dos pesquisadores, ele “apresentava um bico enorme e forte, comparável ao de algumas aves atuais de grande porte, tais como jaburu brasileiro ou o marabu africano”.
Reportagem: Cleerson Bravo